RECEITA DE BOLINHO DE MILHO

Pra hoje, um bolinho de milho verde bem gostoso, levemente crocante por fora e com os grãos de milho espalhados pelo miolo macio que só leva temperos e ervas, leite e farinha pra engrossar.

É fácil de fazer, os ingredientes são básicos, fica pronto em tão pouco tempo que vai bem como no dia a dia como acompanhamento de última hora pra uma refeição com arroz, feijão salada e um grelhado ou um assado, ou como petisco vegetariano.

Quer dizer, tem aquele jeito de comidinha simples com coisas da horta que eu amo demais. Delicioso e viciante, simples assim. Como eu sempre falo: é fritura, sim, mas de vez em quando pode e já digo que no forno não fica bom, nem adianta tentar.

INGREDIENTES

A lista de ingredientes é simples de providenciar:

manteiga;
cebola;
milho verde em conserva escorrido (mas também pode ser milho verde congelado ou fresco cozido aumentando o tempo de fogo);
salsinha, cebolinha ou coentro;
ovo;
leite;
farinha de trigo;
sal;
óleo vegetal.

O milho é o ingrediente principal da receita, mas existem possibilidades diferentes e a gente tem que pensar em qual delas usar. Todas funcionam, mas existem diferenças.

Coloquei milho em conserva (o da lata) na lista de ingredientes simplesmente porque imaginei uma receita muito simples com uma daquelas coisas que a gente sabe que costuma aparecer nas despensas de quase todo mundo.

Usando o milho da lata, só abrir, descartar o líquido da conserva e usar.

Com milho verde congelado, a receita continua gostosa e rápida, pois basta abrir o saquinho e também são poucos minutos de fogo, já que ele é sempre macio.

Isso acontece porque ele não é congelado ainda cru, mas sim depois de passar por um processo de branqueamento, ou seja, um cozimento rápido em água salgada seguido de resfriamento imediato.

Com o milho verde fresco o bolinho fica muito bom e faço a receita com ele sempre que posso, tanto no tempo de milho quando estou na casa da roça, como quando compro espigas bonitas no mercado.

Usando milho verde da espiga o bolinho fica com mais gosto de milho ainda, só mesmo ajustar a quantidade e saber que o tempo de fogo sobe um pouco.

Sobre a quantidade: uma espiga média costuma pesar uns de 230 a 250g, sendo de 120 a 150g de grãos e uns 100g de sabugo. Pensando em 120g, os grãos são suficientes pra preencher 2/3 de xícara medidora de chá comum.

Quer dizer, 1 xícara medidora cheia equivale, em média, a 180g de milho em grão. Só que falo em média porque o peso do milho cru, diante do tipo de milho e do tempo de maturação, tem mais ou menos água e, com isso, varia.

Com isso, ele costuma ter em peso um pouco maior em relação ao do congelado ou ao da conserva (ele pesa mais) e a equivalência muda um pouquinho.

Pra facilitar a vida, ainda mais pensando em receita salgada que não tem necessidade de ter aquela precisão de confeitaria, costumo manter a equivalência em volume. Ou seja, uso 1 e ½ xícara de milho em grão e pronto, apenas sei que, em peso, esse tanto muda um pouco (em grão cru esse volume teria uns 25 g a mais).

E qual eu costumo usar? Depende, mas escolho o fresco no tempo de milho verde, tanto na fazenda, como o do mercado quando está bonito, mas também uso os outros por praticidade quando quero fazer bolinho e não tenho o fresco.

Os outros ingredientes aromáticos são muito básicos: manteiga, cebola e ervas frescas (usei salsinha e cebolinha, mas com coentro fica também uma delícia). Se quiser, dá pra acrescentar alho, pimentão, tomate bem refogado pra perder a umidade e não encharcar a massa e pimenta fresca.

Pra conseguir que o refogado de milho nos temperos se transforme em bolinhos, entram na receita o ovo, o leite e a farinha. E, como eles são fritos, a gente precisa de óleo pra fritar por imersão.

E outra coisa sobre a textura: como o bolinho não é empanado, a casquinha fica fina, como a do bolinho de mandioca caseiro e a do bolinho de arroz caseiro.

PREPARO

O preparo é simples e rápido e só muda um pouco o tempo na panela em função do milho escolhido (fresco, conserva, congelado).

Numa panela média, douro de leve a cebola com uma pitada de sal, então junto o milho, espero aquecer, e isso acontece em minutos, acerto o sal, acrescento as ervas e retire do fogo. Quando o milho é cru, eu junto mais ou menos meia xícara de água e deixo no fogo por 5 minutos a 10 minutos, até ele mudar de cor e ficar macio.

Então, passo metade do refogado pra uma tigela e bato a outra metade no liquidificador ou no processador ou com o mixer até obter um creme, que não precisa ficar liso.

Transfiro esse creme pra a tigela do refogado, acerto o sal e misturo os ovos, o leite e a farinha. Quando quero adiantar a vida, faço o refogado, processo e deixo a base pronta numa tigela, guardo por até 2 dias na geladeira e, antes de fritar, junto os ovos, o leite e a farinha, assim a textura da massa não muda.

Aqueço o óleo numa frigideira grande e separo um prato forrado com papel toalha pra escorrer os bolinhos fritos.

Com uma colher de sopa, pego uma porção da massa e despejo no óleo quente pra acertar a consistência: se ele firmar por fora, ficar macio por dentro, perfeito, mas junto um pouco mais de farinha se não der liga ou de leite se ficar muito firme. O tanto de amido dos grãos faz diferença e cada milho tem o seu jeito.

Banhando sempre com uma escumadeira, deixo dourar de um lado, depois do outro, daí escorro também usando a escumadeira, passo pro prato com papel e deixo secar por uns minutos.

Sirvo em seguida, normalmente com um molhinho de pimenta ao lado, mas pode ser só o bolinho. Já servi algumas vezes, principalmente pra crianças, com ketchup caseiro, adoram.

Já preparei os bolinhos nem sei quantas vezes, e várias delas em momentos que costumo chamar de “boteco em casa”. Nesses dias, escolho umas 3 receitas de salgados aqui do site, como croquete de carne, coxinha de frango com catupiry tradicional ou bolinho de mandioca caseiro e sirvo como refeição descontraída. Sucesso sempre!