RECEITA DE GRATINADO DE MANDIOCA E OUTRAS COISAS MAIS

Hoje vou te ensinar como fazer um gratinado bem brasileiro com mandioca, mandioquinha, inhame, batata-doce e abóbora que fiz num dia desses e ficou tão bom que já fiz de novo e entrou no cardápio da casa.

Tudo começou porque o Carlos me pediu pra fazer um cozido pra comemorar o aniversário dele.

Cozido é prato pra bastante gente, pois pra ficar gostoso tem que ter uma variedade razoável de legumes, tubérculos e verduras, e, por mais que a gente use um mínimo de cada coisa, na hora em que se junta tudo dá um monte.

Só que aqui na fazenda éramos só os meus pais e nós dois, mas eu queria agradar. Então, sabendo que teria que fazer um mini e, mesmo assim, a gente comeria cozido por uns dias, fui providenciar os ingredientes.

Peguei aqui de casa uma batata-doce pequena, uma mandioca de um palmo, uma mini cenoura, uma cebola média, 2 pimentõezinhos do cambuci, um punhado de ervas e uma banana. Fui pra São Luiz no sábado e comprei na feira do produtor mais umas duas mandioquinhas (batata-salsa por aqui), uns 400 g de bolinhas de inhame e uma cabotiá pequena.

Na hora de descascar, já deu um monte e a tigela ficou cheia. Pra tentar usar um caldeirão menor, separei um pouco de mandioca, mandioquinha, batata-doce, inhame e abóbora e guardei na geladeira pra inventar alguma coisa com eles depois.

No almoço foi cozido, no jantar também, no outro almoço também, mas chega uma hora em que a gente precisa de um tempo. Então, peguei aqueles extras na geladeira e resolvi fazer um gratinado com eles, daquele com molho branco cremoso, bastante queijo e um pouco de cebolinha pra dar sabor, aroma e toque verde pro prato.

Gostei tanto que anotei tudo, fiz uma foto e saiu o post de hoje.

INGREDIENTES

Usei na receita:

um mix de pedaços médios de mandioca, mandioquinha, inhame, batata-doce e abóbora (use os que quiser);
alho;
manteiga;
farinha de trigo;
leite;
queijo minas meia-cura ralado grosso (ou qualquer outro queijo que derreta bem);
ovo;
cebolinha picada;
sal e pimenta-do-reino.

Aproveitei na receita pedaços de mandioca, mandioquinha, inhame, batata-doce e abóbora que tinha na geladeira, mas nada impede que, respeitando a quantidade total de uns 700 g, a gente faça a mistura que quiser.

E também dá pra usar cará, batata, banana-da-terra e batata-doce de outras cores (fiz com branca de casca branca porque colhi um tanto delas uns dias antes, mas poderia ser branca de casca rosada, laranja ou roxa).

Claro que dá pra fazer a receita só com um ou dois deles, mas gostei dos contrates de sabor, textura e cor, uns mais e uns menos firmes ou macios (a abóbora até se desmanchou), uns mais adocicados, uns de sabor mais intenso e uns mais delicados, do acinzentado quase branco do inhame e da batata doce ao amarelo clarinho da mandioca, ao amarelo vivo da mandioquinha e ao laranja da abóbora.

Usei o alho pra esfregar no refratário como se faz com um gratinado de batata francês clássico e acho que valeu a pena. O alho dá um aroma e um sabor bem leves, mas que fazer diferença no resultado.

A manteiga, além de servir pra untar o refogado, entra junto da farinha de trigo e do leite no molho béchamel,

Com os ovos, dei um pouco de leveza à receita, que leva tubérculos mais densos, como mandioca, inhame e até mesmo batata-doce.

O queijo é o queijo, tem que ter (pelo menos, pra mim). Usei um mineiro da Canastra que o meu irmão tinha trazido de Minas na semana anterior, mas basta escolher um queijo saboroso e que derreta bem (adoro usar queijos brasileiros, a quantidade de queijos gostosos é gigante).

A cebolinha entrou pra dar aroma, sabor e um verde pra deixar o gratinado mais gostoso.

PREPARO

Pra assar e levar o gratinado à mesa, usei um refratário médio, mas dá pra preparar em até 6 cumbucas e servir porções individuais numa noite mais fria e até mesmo numa festa junina.

Ao contrário das batatas do gratinado, que vão cruas pro forno, resolvi cozinhar a mandioca, a mandioquinha, o inhame, a batata doce e a abóbora em água pra garantir que ficassem macios (no forno, eles provavelmente ficariam mais firmes e queria pedaços quase cremosos).

E cozinhei a mandioca numa panela e os outros numa outra porque eles têm tempos bem diferentes (uns virariam purê antes dela amaciar).

Depois transferi tudo pra uma tigela grande e, como gosto de aproveitar tudo, guardei todo o líquido de cozimento pra engrossar sopa do outro dia.

Enquanto isso tudo aconteceu, fiz o béchamel, preparei o refratário, separei os ovos, ralei o queijo e piquei a cebolinha.

Fiz o molho béchamel, que é o molho branco que todo mundo adora, como ensino no post, que é cheio de dica.

Béchamel pronto, misturei os ingredientes cozidos e escorridos, juntei ¾ do queijo, acertei o sal, misturar os ovos e a cebolinha.

Despejei essa mistura no refratário já preparado com alho esfregado e manteiga, espalhei o restante do queijo por cima e forno a uns 200ºC (médio-alto) por uns 30 minutos pra aquecer bem e formar aquela casquinha dourada irresistível. Bom saber que, dependendo do refratário e do forno o tempo pode aumentar um pouco.

Poderia ter preparado até na véspera, guardado na geladeira e levado ao forno antes de servir. Nesse caso, com tudo gelado, o tempo de forno subiria um pouco, de 45 minutos a 1 hora.

Eu almocei feliz o gratinado bem quentinho como prato principal, só com uma salada verde da horta ao lado, mas ele vai bem como acompanhamento de frango assado delicioso e fácil de preparar, lagarto recheado caseiro e carne moída simples e caseira.

Outras receitas quentinhas com queijo aqui Na Cozinha da Helô: polenta com queijo de forno, quirera de milho cremosa com queijo e purê cremoso de mandioca com queijo fácil de fazer.