RECEITA DE TORTA DE CARNE MOÍDA
Hoje, vou falar da torta de carne moída da casa, receita simples, gostosa, que tem o crocante da massa amanteigada e um recheio simples, mas muito saboroso, e que faz sucesso com crianças e adultos.
Acho que quem me acompanha sabe o tanto que eu gosto de tortas salgadas e doces, faço muitas no dia a dia, uso massas diferentes, preparo recheios variados e tenho sempre uma torta gostosa.
Tortas vão bem numa refeição descontraída só com uma salada, ou como prato principal de um almoço ou de um jantar comum, até com arroz e feijão, além da salada.
Receita perfeita pra gente ter pronta na geladeira ou no freezer só pra assar (se estiver só montada) ou pra aquecer antes de servir e, também, pra levar pra onde quiser.
Eu, por exemplo, se vou viajar, levo uma torta pra garantir uma refeição e, se vou à casa de alguém, sempre me ofereço pra levar a torta de hoje, ou uma torta de palmito caseira, ou uma torta de frango caipira ou uma torta rústica de espinafre com farofa crocante ou uma torta rústica de tomate com cebola caramelizada da Helô ou uma quiche de alho poró deliciosa e fácil.
Bora fazer torta?
INGREDIENTES
A lista de ingredientes pra fazer a torta:
- cebola;
- pimentão verde ou vermelho ou cambuci;
- carne moída (patinho, coxão mole ou acém);
- polpa de tomate (ou tomate fresco maduro em cubinhos);
- azeitona verde ou preta;
- maisena;
- leite;
- cheiro verde (salsinha, cebolinha ou coentro);
- óleo vegetal;
- farinha de trigo;
- fermento químico;
- manteiga gelada;
- ovo;
- sal e pimenta-do-reino.
O recheio só leva ingredientes comuns, daqueles que a gente encontra em qualquer mercado e em qualquer do Brasil: carne moída, cebola (ou cebola e alho ou só alho, depende de casa um), pimentão pra deixar tudo bem temperado (pode ser o que quiser, ou nenhum se não gostar de pimentão); polpa de tomate ou tomate maduro em cubinhos pra dar uma acidez docinha; azeitona (qualquer uma), cheiro verde (as ervas que gostar ou tiver por perto, vão bem salsinha, cebolinha, coentro), além de sal, pimenta-do-reino, leite e maisena pra deixar o recheio levemente cremosinho.
E dá pra variar e acrescentar outras ervas, como manjericão ou tomilho, juntar ovos cozidos, frutas desidratadas e oleaginosas, legumes ou que tiver vontade.
Por exemplo, pra dar ares mediterrâneos ao recheio, dá pra acrescentar uva-passa, damasco, amêndoas, nozes, pistaches, alcaparras, outras ervas e especiarias, pra dar jeito de mundo árabe ou de receita indiana basta mudar as especiarias, as ervas e acrescentar um ou outro ingrediente no refogado ou pra dar toques especiais.
Numa brasileirinha, por exemplo, já juntei manquioquinha em cubinhos bem miúdos e rodelinhas de quiabo, só inventar.
A escolha da carne é bem importante: tem que ser carne moída de qualidade e de um corte saboroso e limpo de nervos e de gorduras firmes e que não derretem em cozimentos mais curtos. Ninguém gosta de encontrar pedacinhos mais grudentos e duros no meio de um recheio cremoso. Costumo usar patinho, coxão mole e acém.
A massa leva ingredientes bem comuns e fáceis de providenciar: farinha, manteiga, sal, ovo e umas pitadas de fermento em pó pra dar um toque de leveza.
PREPARO
Começo sempre pelo recheio, que tem que esfriar bem antes de entrar na montagem da torta.
A lógica é simples: a massa tem manteiga e ela derrete em segundos só de entrar em contato com qualquer coisa mais quente; quando a manteiga amolece antes do momento certo no forno, a massa perde a estrutura e não fica nem crocante, nem se desmanchando na boca.
Pra fazer o recheio, aqueço o óleo numa panela média e larga, suficientemente espaçosa pra receber os ingredientes, douro de leve a cebola com o pimentão e, em seguida, mantendo sempre o fogo alto, junto a carne e mexo pra soltar os grumos e até ela mudar totalmente de cor.
Sem mexer, a carne acaba soltando líquido demais, ele fica acumulado na base da panela e a carne cozinha antes de dourar, ficando bem menos saborosa.
Em seguida, junto a polpa de tomate e deixo em fogo médio por uns 10 minutos, até que a carne ficar macia e dourada, depois misturo a azeitona e acerto o sal e a pimenta.
Junto a maisena dissolvida no leite, mexo sem parar até ferver e engrossar, ajusto de novo o sal e a pimenta, misturo as ervas, retiro do fogo, passo pra um pote e deixo esfriar bem antes de usar.
Importante: dá pra preparar o recheio de véspera e deixar na geladeira até o momento de montar a torta.
A massa é clássica, com o amanteigado delicioso que faz com que ela fique crocante e depois se desmancha na boca de um jeito delicioso.
Eu misturo numa tigela a farinha, o sal, o fermento e a manteiga, esfarelo com a ponta dos dedos até obter uma farofa, então junto o ovo e trabalho com as mãos até conseguir uma massa macia e que descole das mãos. Se for preciso, junto um pouquinho de farinha se ela ainda estiver muito pegajosa, ou 1 colher de sopa de água gelada se estiver muito esfarelenta.
Separo 1/3 da massa pra a cobertura e 2/3 pra a base, envolvo em filme plástico e levo à geladeira por pelo menos 30 min e até por uns 2 dias. A massa precisa descansar tanto pra firmar, principalmente no calor, e dar pra abrir com mais facilidade, como pra ter uma torta mais crocante.
A montagem pode até parecer difícil, mas não é. Antes de mais nada, eu separo 1 fôrma de fundo removível e com uns 25 cm de diâmetro, mas pode ser um pouco menor (a torta ficará só um pouco mais alta), ou maior (um pouco mais baixa), ou alguma outra média de outro formato, ou 2 fôrmas pequenas pra 4 pedaços, ou até umas 8 minis, ou refratários. Em pouco tempo, conhecendo as fôrmas e refratários da sua casa, dá pra ajustar e variar.
Polvilho uma superfície com farinha e, com um rolo, abro a parte maior de massa até conseguir um disco de uns 40cm de diâmetro e com ele eu forro o fundo e as laterais da fôrma. Em seguida, espalho o recheio frio na cavidade.
Abro a parte menor de massa até conseguir um disco do tamanho da fôrma e cubro a torta, pressionando as bordas para fechar e sem se importar com trincas e remendos. Decoro com sobras de massa, pincelo com a gema e levo à geladeira por uns 15 minutos, enquanto o forno aquece a 180ºC (médio).
Asso por uns 45 minutos, até que a massa esteja bem dourada nas bordas e na superfície. O tempo pode mudar um pouco, depende do tamanho da torta, da fôrma ou do refratário e do forno de cada um, é preciso ajustar.
É importante não retirar a torta do forno antes desse tempo mínimo, pois é quase impossível que uma massa fique pronta antes.
E massa pronta quer dizer massa crocante e se soltando nas laterais e dourada pra valer na superfície, nas bordas, nos lados e na base.
Quando a gente usa refratários de vidro, dá pra ver os lados e as bases, mas normalmente não dá, pois fôrmas em geral não mostram as bordas e refratários de outros materiais não transparentes também não. Só que as bordas e a superfície bem douradas já mostram que a torta está dourada por igual.
Acredite, se a torta estiver branquela e sem aparência crocante por cima e por igual, ela com certeza estará crua ou não totalmente assada por baixo.
AINDA SOBRE TORTAS
Quando resolvo fazer torta, vira e mexe dobro a receita e faço duas de uma vez, pois quem faz uma faz duas, e congelo uma delas já montada pra assar num dia de pressa, de preguiça, ou pra levar alguma coisa pronta pra casa de alguém ou numa viagem ou ter em casa pra momentos de improviso.
Também dá pra congelar a torta por até 3 meses, tanto crua e já montada e até pincelada com a gema, como a torta já assada, só pra aquecer.
Às vezes, monto a torta de manhã, deixo na geladeira e coloco pra assar mais ou menos 1 horas antes de servir. Mas também acontece de deixar a torta já assada, só pra aquecer por uns 30 minutos antes da refeição.
Funciona perfeitamente bem simplesmente retirar a torta do freezer e levar ao forno, tanto se estiver ainda crua, como já assada. Só é importante saber que uma torta congelada precisa de uns 10 a 15 minutos a mais de forno.
Vario bastante na hora de montar as tortas, às vezes uso fôrmas com os fundos removíveis pra desenformar em pratos rasos antes de servir, às vezes monto direto em refratários pra servir neles mesmos.
Confesso que acho mais lindas as tortas montadas em fôrmas e desenformadas, mas as nos refratários são práticas, principalmente quando a gente pensa em transportar de um lado pro outro e não quer arriscar quebras.
Quanto a desenformar, pra evitar que ela desmonte, é fundamental deixar a torta amornar por 10 minutos na saída do forno. Mas se quebrar, paciência, ela continuará deliciosa mesmo jeito.
Eu gosto de torta quentinha, mas em temperatura ambiente ela também fica deliciosa.
E outra coisa: crianças amam brincar com massa e vão adorar “decorar” a torta, tanto usando cortadores de biscoito, como simplesmente fazendo bolinhas ou argolinhas, ou fazendo letras.
Outras receitas gostosas com carne moída aqui Na Cozinha da Helô: panqueca de carne moída, como fazer carne moída simples e caseira, bolinho de carne delicioso, carne moída chinesa deliciosa com amendoim, lasanha à bolonhesa simples, como fazer um bolo de carne macio e saboroso, quibe de carne assado do meu jeito e arais ou sanduíche de pão sírio e carne moída.
Recheio Massa Montagem e finalização Outras receitas gostosas com carne moída aqui Na Cozinha da Helô: panqueca de carne moída, como fazer carne moída simples e caseira, bolinho de carne delicioso, carne moída chinesa deliciosa com amendoim, lasanha à bolonhesa simples, como fazer um bolo de carne macio e saboroso, quibe de carne assado do meu jeito e arais ou sanduíche de pão sírio e carne moída. A torta de carne moída pode fazer parte de uma refeição completa com arroz e feijão de todo dia e uma salada, ou só com uma salada, ou como um lanche sem mais nada.INGREDIENTES
Preparo
NOTAS
2 Comentários
Nunca fiz torta de carne moída. Vou fazer agora nas férias pra receber minhas sobrinhas e irmã. Que delicia, Helo.
Luciana, bom dia! Ideia simples, caseira e gostosa, né? Depois me conta, beijo, Helô