RECEITA DE TORTA CAPIXABA COM BACALHAU
Hoje vou ensinar como preparar uma torta capixaba caseira deliciosa, um prato perfeito pra quem gosta de pescados e de cozinha regional brasileira.
Quem vai ao Espírito Santo e experimenta a receita típica das ilhas Caieiras de Vitória acaba se apaixonando pelo prato, não tem jeito.
Durante o ano todo, os restaurantes de lá preparam a torta e muita gente vai atrás dela, mas nos dias de festa e na Páscoa só dá torta capixaba em tudo o quanto é lugar. A torta é o prato tradicional da Páscoa e quem não prepara a usa em casa sai pra comprar.
Na verdade, muita gente compra a torta pronta, pois torta boa não falta.
As mais procuradas são as preparadas pelas mulheres dos pescadores da ilha, que usam pescados fresquíssimos, mas os restaurantes, os buffets e as padarias fda cidade de toda fazem quantidades gigantes do prato e vendem tudo muito rápido.
O fato é que, quem conhece as boas tortas, encomenda com antecedência e, no dia, vai só buscar pra servir em seguida.
A torta é vendida já assada e dourada em quentinhas ou até em panelas especiais. Uns gostam de comer a torta em temperatura ambiente, uns comem fria mesmo e uns aquecem no forno por uns minutos.
INGREDIENTES E PREPARO
A receita de torta capixaba começa no fogo, com o refogado dos temperos, depois entram os pescados.
Em seguida, só desligar o fogo, juntar os ovos levemente batidos com as rodelas de cebola, azeitona e pimenta fresca e tudo vai na mesma panela ao forno pra firmar e gratinar.
Na receita tradicional entram bacalhau, camarão, ostra, siri, sururu (ou algum outro marisco miúdo, como vôngole), além de cebola, alho, tomate, colorau, palmito, azeitona, coentro, azeite e os ovo.
Mas hoje, mesmo no festival de tortas das mulheres dos pescadores de Caieiras, há versões da torta sem pescados, ou com bacalhau, mas sem mariscos ou sem ostras e vegetarianas. Cada um tem as suas preferências e o que não dá é pra ficar sem torta.
O que importa é manter as proporções da receita, por exemplo, se quiser a torta sem sururu e as ostras, aumente a quantidade de bacalhau ou de camarão.
Quem não gosta ou não tem pescados por perto faz só com bacalhau. Ou seja, só pensar nas preferências da sua casa e acertar a lista de ingredientes pra deixar todos felizes.
Quanto ao bacalhau: um bacalhau saboroso é fundamental pro sucesso da receita, mas não precisa ser aquele lombo alto e que custa mais, podem ser lascas menores do peixe. Além do preço mais acessível, as lascas são práticas, já que a dessalga é rápida.
Dei o tempo da receita contando com o bacalhau já dessalgado, pois o tempo da dessalga varia demais diante da escolha do peixe. Se for dessalgar em casa, pensando em lascas pequenas, que são perfeitas pra receita, aumente o tempo pra umas 12 horas.
Pra fazer a receita clássica, a gente precisa de:
- cebola;
- alho;
- tomates bem maduros;
- colorau;
- bacalhau limpo em lascas miúdas, já dessalgado e não aferventado;
- camarão médio limpo, sem casca e cru;
- sururu ou outro marisco bem limpo, como vôngole, ainda cru;
- ostras já fora das conchas e cruas;
- carne limpíssima, desfiada e crua de siri ou caranguejo, ou meio a meio;
- palmito em conserva;
- azeitona verde em lascas;
- coentro;
- ovo;
- pimenta fresca e molho de pimenta a gosto;
- azeite de oliva;
- Sal e pimenta-do-reino.
O preparo tem duas fases, o refogado na panela e a finalização no fornto, mas tudo é bem rápido.
Eu aqueço o forno a 180ºC (médio) e unto com azeite um refratário grande ou 8 individuais.
Enquanto isso, pro refogado, eu douro a cebola no azeite, depois junte o alho, o tomate, o colorau e espero perfumar.
Misturo o bacalhau e o camarão e deixo só mudar de cor, misturo o sururu, as ostras, o siri, o palmito e deixo em fogo alto só até aquecer. Acrescento a azeitona, acerto o sal e a pimenta, junto o coentro e passo pra uma tigela grande.
Bato os ovos até conseguir uma espuma leva e clara. Coloco metade dos ovos na tigela do refogado, misturo e passo pro refratário. Espalho por cima o restante dos ovos batidos, decoro com as rodelas de cebola, azeitona e pimenta fresca e levo pro forno por uns 15 minutos, só pra firmar e dourar.
Levo a torta pra mesa e sirvo com molho de pimenta, arroz branco de todo dia e uma salada de folhas simples temperada com azeite, vinagre e sal. Algumas ideias de sobremesa: cocada branca mole, torta de bananada caseira, flan de abacate com limão e hortelã e pudim de tapioca bem cremoso e brasileiro
AS PANELAS DE GOIABEIRAS
No Espírito Santo, em casa e nos restaurantes, a receita é preparada e servida naquelas panelas grandes de barro preto, feitas segundo a mais pura tradição indígena pelas paneleiras de Goiabeiras, em Vitória.
Além de lindas, as panelas são resistentes e mantém o calor de um jeito uniforme por bastante tempo.
Aqui em casa, a gente tem – e usa bastante – algumas panelas de tamanhos diferentes (um simples arroz branco de todo dia ganha sabor numa panela dessas e ainda deixa a mesa mais bonita). A panela que aparece na foto é de lá.
Vale a pena ter ao menos uma na sua cozinha (busque por panelas de barro de Goiabeiras na internet, elas não custam caro e eles enviam pro Brasil inteiro).
Quem não tem a panela de barro pode fazer o refogado numa panela qualquer e finalizar num refratário único ou em cumbucas individuais.
REFOGADO MONTAGEM E FINALIZAÇÃO Ideias de sobremesa: cocada branca mole, torta de bananada caseira, flan de abacate com limão e hortelã e pudim de tapioca bem cremoso e brasileiro. Se quiser deixar algum dos pescados de lado, aumente a quantidade dos outros pra manter as proporções da receita.INGREDIENTES
Preparo
NOTAS
4 Comentários
Maravilhosa, comia quandonia para lá, agora vou poder comer em casa. Obrigada
Oi, Madalena! Garanto que caseira ela fica ainda melhor! Beijos
Essa torta é a melhor comida que já experimentei.
Priscila, bom dia!
Que coisa boa!!!! É muito bom encontrar uma receita querida, que alimente o corpo e a alma.
Conte sempre pra gente.
Abraços, Helô e Ana