RECEITA DE NHOQUE DE MILHO
Bateu aquele friozinho e tem milho verde? A receita de gnocchi – ou nhoque – de milho é perfeita pra quando isso acontece.
Adoro nhoque de batata, mas também gosto de preparar nhoques mais diferentes com abóbora, banana, mandioca, mandioquinha, batata-doce e de milho verde, todos deliciosos e bons pra variar. Nhoque tem aquele cremoso macio e cheio de carinho que sempre cai bem.
Além de bem gostosa, a receita ainda é perfeita pro tempo de milho fresco, mas também dá pra fazer com milho em conserva ou milho verde congelado. Ou seja, dá pra preparar em qualquer tempo do ano.
Vai bem naquela refeição mais chiquezinha do dia a dia, num momento mais especial e como prato principal pra servir numa cumbuca em festa junina.
E já adiantando: no dia da foto, refoguei tomate, juntei sálvia e servi só com um bom tanto de parmesão ralado, mas dá pra usar outros queijos ou ou preparar um molho béchamel mais ralo com algum queijo que derreta bem.
INGREDIENTES
A lista de ingredientes pra fazer a receita:
- milho verde fresco (mas também dá certo com milho verde congelado ou com milho em conserva já escorrido – pra receita de hoje, costumo usar de 5 a 6 espigas);
- leite (pode ser sem lactose);
- manteiga;
- gema;
- queijo parmesão ralado grosso (ou algum outro queijo firme e saboroso);
- farinha de trigo;
- alho;
- tomate maduro em cubinhos (ou tomatinhos cortados ao meio ou tomate pelati);
- ervas frescas a gosto (sálvia, salsinha, cebolinha ou manjericão);
- sal e pimenta-do-reino.
Sobre a quantidade de milho fresco: considero sempre que 1 espiga média com sabugo e já sem palhas (ou no máximo com uma camada fina de palha, como costuma aparecer nas bandejas dos mercados), tem mais ou menos 250 g e rende aproximadamente 2/3 de xícara de grãos de milho (uns 120 g).
Quer dizer, como 1 xícara de grãos pesa uns 180 g e pra receita de hoje a gente precisa de 3 xícaras de grãos (570 g), vale comprar umas 5 espigas grandes ou umas 6 pequenas. O número de espigas funciona como referência, mudam os tamanhos das espigas, a quantidade de grãos, o fato deles estarem mais novos ou maduros.
Ah, usei essa mesma quantidade (1 xícara equivalendo a 180 g) pra milho congelado e pra milho em conserva já escorrido do líquido que vem na lata.
Pra retirar os grãos da espiga de milho: coloco a espiga em pé sobre uma tábua, seguro firme com a mão esquerda (sou destra) e, com a direita e uma faca grande e afiada, desço cortando pra retirar os grãos e faço a mesma coisa girando a espiga, soltando todos os grãos.
Em seguida, com a faca, raspo bem a espiga pra conseguir a maior parte de sucos e do amido que fica na base do grão e uso essa pasta também na receita, pois ela é puro amido (maisena) e ajuda a engrossar qualquer receita.
Vale a pena saber que a quantidade de amido do milho cru é sempre maior que as dos milhos já processados (congelado e em conserva). Com quantidades menores de amido e com o processamento, que também mexe na estrutura do amido, as receitas feitas com os dois costumam precisar de quantidades extras de amido/maisena.
Pro nhoque de hoje, isso não faz diferença, pois a massa leva farinha de trigo (no caso do creme de milho. Dá pra usar milho fresco, congelado ou em conserva sem precisar mudar qualquer coisa na receita.
Uma outra pergunta que já me fizeram: dá pra usar amido de milho (maisena) no lugar da farinha de trigo e ficar com a receita sem glúten? Sim, testei e deu certo, mas prefiro preparar com farinha de trigo, pois achei que a maisena deixa a massa mais puxa-puxa.
PREPARO
Depois de separar os grãos do milho, sigo com o preparo, que é simples.
Começo preparando a massa: bato o milho e o leite no liquidificador até conseguir um creme liso, depois passo por uma peneira grossa apertando bem. O que importa é conseguir um suco bem grosso de milho (descarto o bagaço)
Em seguida, cozinho a massa. Numa panela grande, aqueço a manteiga até derreter, depois acrescento o milho batido, sal e, sempre mexendo e mantendo o fogo baixo, deixo ferver e cozinho por uns 3 minutos, até engrossar, cobrir o dorso da colher e o milho perder o gosto de cru.
Então, junto a gema, metade do queijo e, sem parar de mexer, acrescento a farinha de uma vez. Mexo até incorporar de vez a farinha e conseguir uma massa macia, mas com firmeza suficiente pra se soltar totalmente da panela. A base e as laterais ficarão cobertas por uma película de massa e ela começará a dourar de leve por fora.
Transfiro a massa pra uma tábua de madeira (que absorve o excesso de umidade) ou pra uma tábua comum polvilhada com farinha e deixo amornar por uns 30 minutos antes de modelar.
Pra adiantar a vida, às vezes preparo a massa com até 24 horas, coloco num saco de freezer e guardo na geladeira (depois desse tempo, a massa perde um tanto da estrutura), e também dá pra deixar os nhoques já modelados por esse tempo também na geladeira só pra finalizar no momento de servir. E também congelei os nhoques crus por 1 semana, cozinhei antes de servir e ficaram perfeitos.
Enquanto a massa amorna, preparo o molho. Aqueço um fio de azeite numa frigideira média, junto o alho e, assim que ele perfuma, acrescento os tomatinhos, sal e pimenta-do-reino e deixo murchar por apenas 1 minuto. Junto as ervas escolhidas e reservo.
Pra modelar, começo polvilhando uma superfície com farinha. Divido a massa em 6 partes e, com cada uma dela, faço um rolinho de mais ou menos 1 e ½ cm de diâmetro, da espessura de um dedo indicador, depois corto em cilindros de uns 2 cm usando uma faca afiada.
Bom saber que dá pra modelar com até 1 hora de antecedência e deixar na tábua sem cobrir até a hora de cozinhar.
Uns 20 minutos antes de servir, aqueço uns 4 litros de água com 1 colher (sopa) de sal numa panela grande.
Espero ferver, diminuo o fogo, junto 1/3 dos gnocchi (se colocar tudo de uma vez, eles grudam uns nos outros) e aguardo mais ou menos 5 minutos (eles levam tempo pra cozinhar, pois são pesados pela quantidade de farinha necessária).
Quando uns 3 gnocchi sobem à superfície, retiro todos eles com uma escumadeira e transfiro pra travessa de servir já regada com um fio de azeite. Faço o mesmo as duas outras partes de massa (1/3 e 1/3).
Em seguida, rego com o molho, misturo de leve, polvilho com o queijo restante e levo à mesa.
Fica um pouco mais firme e, com certeza, não se compara ao nhoque cozido na hora, mas dá pra cozinhar com até 6 horas de antecedência, deixar no refratário, aquecer por uns 5 minutos no micro-ondas e juntar o molho na hora de servir.
OUTRAS RECEITAS
Gosta de receitas salgadas com milho verde? Aqui Na Cozinha da Helô tem creme de milho verde pra todo dia, cumbuca cremosa de milho verde com crosta de parmesão, angu de milho verde com queijo, frango cremoso com milho verde e o angu de milho verde e queijo e bolo salgado de milho verde fácil de fazer.
Gosta de receitas salgadas com milho verde? Aqui Na Cozinha da Helô tem creme de milho verde pra todo dia, cumbuca cremosa de milho verde com crosta de parmesão, angu de milho verde com queijo, frango cremoso com milho verde e o angu de milho verde e queijo e bolo salgado de milho verde fácil de fazer. Se preferir, substitua o molhinho de tomates frescos por um béchamel mais ralo com queijo. O queijo pode ser um parmesão ou qualquer outro que seja saboroso.INGREDIENTES
Preparo
NOTAS
2 Comentários
Olá, Helô! Tudo bem? Fiquei com uma dúvida: mesmo já tendo feito a massa cozida com a farinha, é necessário depois cozinhar na água os nhoques? Teoricamente, a farinha já não está cozida durante o preparo da massa? Não ficam gostosos após já cortar?
Oi Lidi, é preciso cozinhar sim para que eles fiquem leves, além de servir também para aquecer.
Beijo, Helô