RECEITA DE GELEIA DE PHYSALIS
Num dia em que consegui uma caixinha de physalis muito doces e lindas no sacolão perto de casa, resolvi dar uma pesquisada pra fazer alguma receita gostosa com elas e fiz a geleia com mel, laranja e alecrim de hoje.
Como já imaginava, vi que a maior parte das pessoas usa physalis – ou fisális – pra decorar pratos em dias de festa. Ela vai à mesa acompanhando grelhados, ao lado de embutidos, frios e queijo ou numa travessa com frutas.
Confeiteiros enfeitam bolos, tortas e docinhos, às vezes usando a fruta natural, às vezes caramelizando ou fazendo bombons, principalmente pra festas de casamento, mas quase sempre fica por aí.
Tudo fica lindo, pois ela é linda mesmo, mas a textura dela é gostosa e o sabor azedinho também é (lembram tomatinho) e vale a pena ir além da beleza.
Receitas mesmo, achei algumas geleias, mas todas bem básicas, e uma ou outra salada salgada ou de frutas.
De tudo, o mais interessante foi um chutney indiano – rabsberry chutney – com cape gooseberry ou amla, que seria a espécie indiana de physalis. Vi várias versões do chutney e percebi que quase todos se parecem bastante com o meu chutney de maçã e nozes bem chiquezinho. Quer dizer, se quiser preparar um assim, só usar a receita do de maçã trocando por physalis.
Resolvi, então, fazer uma geleia bem consistente, mais pra compota, e colocando alguns outros ingredientes pra dar mais doçura, aroma e complementar a acidez de um jeito diferente. Vou te mostrar agora como fiz essa receita que ficou gostosa pra servir com grelhados e assados de carnes vermelhas, porco, aves e peixes mais firmes, queijos, embutidos, defumados e grãos.
INGREDIENTES E PREPARO
Physalis são frutinhos lindos que crescem como lanternas ou balões num arbusto nativo na América do Sul e fazem parte da família das solanáceas, a mesma das pimentas, tomates, berinjelas e pimentões. Existem algumas espécies diferentes na América do Sul e na Ásia e, no Brasil, ela também aparece com vários nomes populares e tem usos até medicinais.
O fruto cresce envolvido por umas pétalas finas, como folhas, que ficam fechadas e verdes como um casulo enquanto não amadurece e, conforme ele vai amadurecendo, essas pétalas folhas secam e ficam como palha seca e se abrem como um cálice. O fruto fica no meio e amarelíssimo, como gema de ovo caipira, redondinho como um tomate cereja, tanto em visual, como em consistência (mesmo tipo de polpa com sementes no meio). Maior boniteza da natureza.
Esse frutinho ainda no cálice é vendido em bandejas de mais ou menos 100 gramas e costumam dura de 1 a 2 semanas na geladeira.
Pra usar na receita, soltei e descartei as partes secas, lavei e usei o fruto direto, nem mesmo cortei ao meio.
Além das physalis, usei na compota alguns ingredientes que eu adoro: mel, laranja, alecrim e uma pitada de sal, só isso.
O preparo foi bem simples: coloquei as physalis inteiras numa panela pequena com o suco da laranja, umas 3 folhinhas de alecrim, uma pitada de sal, misturei e deixei em fogo baixo até o líquido secar.
Então, juntei o mel e continuei cozinhando por mais uns 10 minutos, até brilhar e começar a se soltar das laterais da panela.
Retirei do fogo, coloquei num potinho pequeno bem lavado e seco, depois tampei, levei pra geladeira e usei no dia seguinte. O que sobrou, ficou bem por 1 semana na geladeira.
Um potinho é pequeno mesmo, suficiente pra uns 120 ml, elas têm muito líquido e rendem pouco, mas a compota foi suficiente pra uma refeição de 4 pessoas.
Uma receita gostosa, que fica linda e deixa a mesa bem chiquezinha. Tudo a ver com aperitivos, almoços e jantares especiais, como Natal, e também pra dar de presente, só colocar num pote com laço e etiqueta. Ah, espalhei a compota num sanduíche com queijo Canastra e presunto cru e ficou muito bom.
Ideias de receitas que vão bem com a compota de hoje, que dá aquele toque agridoce a vários pratos: peru dourado com ervas no forno, pernil de cordeiro assado francês ou gigot d’agneau de 7 heures, pernil assado e perfumado de festa, crackers amanteigados com flor de sal, crackers salgadinhos de fubá e salada de cevadinha com frutos secos e cebola caramelizada. E fica deliciosa numa tábua de queijos e frios.
1 - Descarte as cascas (o cálice de palha) e coloque as physalis ainda inteiras numa panelinha pequena, pois tudo tem que ficar bem junto. Nem precisa cortar ao meio, elas explodem no fogo em minutos. “Ideias de receitas que vão bem com a compota de hoje: peru dourado com ervas no forno, pernil de cordeiro assado francês ou gigot d’agneau de 7 heures, pernil assado e perfumado de festa, crackers amanteigados com flor de sal, crackers salgadinhos de fubá e salada de cevadinha com frutos secos e cebola caramelizada. E fica deliciosa numa tábua de queijos e frios. Dá pra dobrar ou triplicar a receita, só aumentar o tamanho da panela.INGREDIENTES
Preparo
2 - Junte o suco de laranja, o alecrim e uma pitada de sal.
3 - Tampe a panela e aqueça. Deixe em fogo médio por uns 10 minutos, até amolecer e soltar o caldinho.
Então, destampe e deixe o líquido secar. Misture o mel e, mexendo sempre, deixe no fogo por mais uns 10 minutos, até brilhar e começar a se soltar das laterais da panela.
4 - Retire do fogo, coloque numa tigela pequena, deixe amornar por mais ou menos 1 hora e 30 minutos e sirva.
Se quiser, prepare com até uma semana de antecedência e guarde na geladeira num potinho pequeno bem lavado e seco.
Sirva com torradas, queijos, embutidos e defumados ou acompanhando grelhados e assados.NOTAS