RECEITA DE MOLHO VINAGRETE
Vira e mexe alguém me pergunta como fazer aquele molhinho vinagrete saboroso, colorido, refrescante, que aparece em tudo o quanto é churrasco, acompanha do petisco ao prato principal e sanduíches.
Fui deixando pra depois e depois, pensando que nem seria bem uma receita e sim um método, mas agora chegou o dia dele. Fiz isso porque me dei conta de que muita gente ama, a receita é fácil de preparar e leva só ingredientes comuns, mas a maioria nem pensa em fazer o seu em casa.
Só que isso vai mudar! Com a receita de hoje, acho que você vai começar a fazer o seu e gostar tanto que vai acabar nem mais achando graça nos molhos feitos meio de qualquer jeito que estão por aí.
VINAGRETE E VINAIGRETTE
Antes de ir pra receita, queria falar que o vinagrete de hoje é o nosso molhinho com azeite, limão, tomate, cebola e cheiro verde servido frio, e não o vinaigrette francês que entra como tempero de muitas saladas.
Os dois são molhos, instigam o paladar, realçam e contrastam com alimento servido com eles, complementam e acompanham, não são coisas pra se comer soltas e sim em conjunto.
Mas os dois são bem diferentes, apesar do nome do nosso ser um abrasileiramento do nome do molho francês.
O vinaigrette francês clássico é um molhinho feito basicamente com azeite, vinagre (ou algum outro elemento com acidez), sal, pimenta, muitas vezes ervas, alho, mostarda, mel (e, por lá, ainda costuma ter echalotas), que encorpa por minutos por agitação, mas como a emulsão não é estável ele se separa rápido. Falo bastante desse molho que complementa qualquer salada no post molhos de salada deliciosos e pra variar, dando receitas básicas, variações e muitas dicas.
O vinagrete daqui não é bem um molho de complemento, ele chega a qualquer mesa dando e provocando contrastes de sabores, texturas, aromas e cores incríveis, acompanha muitas coisas, mas tem características mais marcantes e não entra no meio dessas outras receitas e sim ao lado.
Esse nosso fica incrível com os grelhados, que podem ser carne num churrasco, ou frango bem dourado, pernil ou lombo assados, linguiças grelhadas ou assadas, assim como nos clássicos sanduíches churrasquinho ou de linguiça ou de pernil, com carnes seca e de sol, mas também fica delicioso com tubérculos assados ou cozidos, como batata comum ou doce ou mandioca, no sanduíche de queijo, só com pão, com queijo de com arroz branco, com feijão, com feijoada, com peixe assado, grelhado ou frito, com camarões, lulas e polvo, salgados, com farofa arroz e por aí vai.
Tenho certeza de que lista pode aumentar bastante, só parar pra pensar em combinações. E, pra completar, dá pra servir o molho com coisas quentes, em temperatura ambiente e frias.
Ele é refrescante e gostoso como a sauce vièrge francesa, as salsas crudas da Espanha e Itália (e da salsa verde) e com uns portugueses, gregos, turcos, sírios, libaneses (só pensar no molhinho que vem nos sanduíche de falafel e schwarmas) e até marroquinos, e tem muito a ver com as salsas latino-americanas, como a pico de gallo mexicana e outras caribenhas.´
Qualquer hora dessas, falo de salsas mexicanas com frutas (no meu livro Cozinhando para Amigos, 2005, dou receitas de salsas bem gostosas), dos molhinhos crus do sudeste asiático como nam priks e nuoc nams (que no máximo começam no fogo com uma calda rala de açúcar e levam gengibre, shoyu, molho de peixe, alho, pimentas, ervas frescas, vinagre, limão, óleos de amendoim e de gergelim), de uns indianos e dos ingleses com hortelã.
INGREDIENTES E PREPARO
Pra fazer um vinagrete gostoso, a gente precisa de:
- tomates vermelhos, mas ainda bem firmes ou verdolengos;
- cebola comum ou roxa;
- salsinha ou coentro e cebolinha;
- suco de limão;
- azeite de oliva;
- sal e pimenta-do-reino.
A receita clássica pede tomates de verdolengos ou vermelhos ainda bem firmes e esse ponto firme é fundamental pro sucesso do molho, pois a gente não quer que eles se desfaçam com facilidade. Entre os verdolengos e os vermelhos, fico com os vermelhos, mas isso vai de cada um.
Depois do tomate vem a cebola, que pode ser comum ou roxa. A comum é a de sempre e a roxa, que também é fácil de achar, também vai muito bem no molho, pois é suave e adocicada.
Dica sobre a cebola: quem prefere um molho com sabor mais suave de cebola pode picar, colocar numa tigela com água gelada, deixar descansar por 10 minutos e escorrer descartando a água.
O limão é o ingrediente clássico pra dar a acidez e o frescor que fazem do vinagrete um molho perfeito pra acompanhar tanta coisa.
Perguntei a opinião de muita gente, li um monte sobre o molho e vi que o limão é o favorito, mas tem gente que usa vinagre e diz que vinagrete com vinagre é melhor. Eu fico com limão, mas gosto é gosto.
Azeite é azeite, é gostoso, tem aquele aroma delicioso e consegue juntar os ingredientes com perfeição (e sem deixar o molho engordurado). Tem gente que usa óleo vegetal comum, mas não tem comparação.
Ervas frescas fazem parte do molho, dão ainda mais frescor, aroma, textura e cor. Como eu adoro ervas, uso sempre no meu molho e vario, umas vezes uso coentro e cebolinha e outras vezes fico com salsinha e cebolinha. Vai do momento e do gosto de quem estiver por perto.
Além desses ingredientes, sal e pimenta-do-reino moída na hora.
Pra dar um toque picante com mais frescor ainda, dá pra juntar ao molho pimentas frescas (dedo-de-moça ou de-cheiro, bode ou biquinho, que não arde, ou pimentãozinho cambuci, que tem sabor e aroma deliciosos e também não arde). No dia da foto eu usei um pouco de pimenta biquinho.
O vinagrete é um molho rústico, descontraído, fácil de preparar, cru, que deve preservar as texturas originais e a identidade de cada ingrediente, mas com equilíbrio ele se transforma num todo cheio de harmonia.
É uma receita é bem básica, simples e muito fácil de fazer, que só é de misturar, mas merece capricho pra ficar com sabor delicioso e textura perfeita.
Só que, pra ser gostoso, além do respeito às proporções, é fundamental ter um padrão de corte dos ingredientes, quer dizer, tomate, cebola e ervas em pedaços miúdos e de tamanhos parecidos.
O repouso de pelo menos 30 minutos e até por umas 8 horas antes de servir também faz muita diferença no resultado. Só depois esse descanso, os sabores e aromas se mesclam e o molho ganha unidade, vira um molho pra valer.
Tem gente que deixa o molho totalmente pronto por até 2 dias na geladeira e o molho fica ainda mais intenso.
Funciona, mas se a ideia for intensidade, acho que vale adiantar a etapa da mistura do tomate com a cebola, sal, pimenta, limão e azeite e deixar as ervas pra umas 12 horas antes de servir. Depois dessas 12 horas, as ervas perdem o frescor e a cor.
Receitas aqui da cozinha da Helô que vão bem com molho vinagrete: rosbife simples como deve ser, churrasco de forno, frango assado delicioso e fácil de preparar, pernil assado e perfumado de festa, pão maravilhoso na panela de ferro, mandioca cozida perfeita, Receita de arroz branco de todo dia, farofinha simples e bolinho de arroz caseiro.
1 - Numa tigela média, misture o tomate, a cebola, o limão e sal, depois junte o azeite e acerte o sal. Se quiser, acrescente um pouco de pimenta-do-reino. 2 - Junte as ervas, deixe descansar por pelo menos 30 minutos fora da geladeira, ou até por umas 8 horas na geladeira, e sirva. 3 - Se quiser preparar com mais antecedência: prepare a etapa 1, coloque num pote, feche, guarde na geladeira por até 48 horas e acrescente as ervas umas 12 horas antes de servir. "Receitas aqui da cozinha da Helô que vão bem com molho vinagrete: rosbife simples como deve ser, churrasco de forno, frango assado delicioso e fácil de preparar, pernil assado e perfumado de festa, pão maravilhoso na panela de ferro, mandioca cozida perfeita, Receita de arroz branco de todo dia, farofinha simples e bolinho de arroz caseiro. Pra dar um toque picante com mais frescor ainda, dá pra juntar ao molho pimentas frescas (dedo-de-moça ou de-cheiro, bode ou biquinho, que não arde, ou pimentãozinho cambuci, que tem sabor e aroma deliciosos e também não arde)INGREDIENTES
Preparo
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